Véu de tanta água pura que banha com loucura os peixes e os demais animais que ali habitam... Que descansa entre as praias, as costas, as enseadas e os penhascos, verdadeiros donos das fontes que soletram notas de belíssimas canções...
Barcos, velas, caravelas e outras embarcações passeiam em ritmo contínuo em busca de emoções, ou de um destino - menino, sob o olhar sereno de um doce desejo acariciado por momentos de ternuras emolduradas pelos sons de uma sinfonia vinda de centenas de pequenas gaivotas...
Não há coisas tão maravilhosas quanto essas... É todo momento de magia... Até o crepúsculo lhe faz companhia... Não há preço ou quaisquer endereços de reclames que o incomode, que tire sua força bruta, suave, linda e tão infinita, sob duras críticas ou quaisquer alegações de infortúnios que por ventura por ali aconteceram...
Não há qualquer perigo de se molhar de medo... Há de se ter cuidado para nunca mais querer deixar de voltar para aquele eterno sossego... Há um apelo de gratidão que aqui insisto em fazê-lo...
É o amigo fiel de todos os tempos... É verdadeiro por inteiro... Intocável e afável que recolhe e acolhe em seus braços as sereias e as águas vindas dos açudes, riachos e rios; que recebe as mágoas e abrolhos dos amores destruídos e as alegrias daqueles construídos; que enaltece as crenças a ele oferecidas; que entristece quando os detritos e outros males, nele, são lançados pelas ações inconseqüentes dos homens que sujam suas lindas águas, destruindo a sua beleza natural e o seu curso normal não o deixando chegar mansamente ao nosso encontro.
João Pessoa, 12 de janeiro de 2010 – 17h50min.
José Ventura Filho