sexta-feira, 14 de outubro de 2011

19ª Bienal de Música Brasileira Contemporânea


Funarte entregará cópias de mais de mil gravações de festivais e

bienais à cerca de 400 compositores

A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, entregou ao maestro Edino Krieger cópias de gravações de obras de Villa-Lobos. O ato aconteceu durante concerto da 19ª Bienal de Música Brasileira Contemporânea, da Fundação Nacional de Artes, realizado dia 12 de outubro, na Sala Funarte Sidney Miller (RJ) e, simbolicamente, deu o pontapé inicial a projeto da Funarte que contemplará mais de 400 compositores com cópias de mais de 1.200 gravações de obras suas. As gravações foram feitas durante os Festivais de Música da Guanabara, de 1969 e de 1970, nas 19 Bienais de Música, realizadas a partir de 1975, e em outros eventos. O material faz parte do acervo do Centro de Documentação (Cedoc) da Funarte e foi reproduzido em CD a partir dos originais, em fitarrolo e em outras mídias analógicas. A maioria das gravações nunca foi ouvida pelos compositores.

Durante a cerimônia, a ministra Ana manifestou sua satisfação em voltar à Funarte, onde já foi diretora do Centro da Música (Cemus), e salientou a importância do trabalho de documentação musical que a Fundação desenvolve. Ana de Hollanda exaltou, também, a trajetória de Edino Krieger como compositor e incentivador da vida musical no Brasil. Em sua fala, Edino Krieger, lembrou o trabalho que realizou na Funarte, onde também foi diretor do Cemus e um dos criadores das Bienais. O compositor acentuou a importância da preservação da memória musical brasileira e a relevância da atuação da Funarte nessa área. O maestro expressou, ainda, sua satisfação, pela continuidade deste trabalho no Centro da Música da Casa.

A Bienal de Música Brasileira Contemporânea acontece até o próximo dia 19 de outubro, período em que serão apresentados 11 concertos, com trabalhos recebidos de sete estados brasileiros e também do exterior. O objetivo do evento é a troca de experiências entre músicos de todo o país. Um destaque desta edição é a execução de 74 obras inéditas, das quais 59 foram selecionadas no concurso Funarte de Composição 2010 – com prêmios entre R$ 8 mil e R$ 30 mil – e mais 15 peças também encomendadas pela Funarte, destacando-se autores como Jorge Antunes, Tim Rescala, Guilherme Bauer e Edino Krieger.

A Bienal 2011 homenageia o compositor e pianista Almeida Prado (1943-2010), um dos talentos surgidos nas primeiras bienais. Além do Teatro João Caetano, também receberão a programação a Sala Funarte Sidney Miller e o Salão Leopoldo Miguez, da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O evento na Sala Funarte Sidney Miller contou ainda com a presença da diretora-Executiva da Funarte Myrian Lewin, que representou o presidente da Instituição, Antonio Grassi.

(Texto: Ascom/Funarte/MinC)