segunda-feira, 11 de outubro de 2010

LIVRO ABORDA O TEATRO EM PIANCÓ

O livro do escritor paraibano radicado no estado do Amapá, Romualdo Rodrigues Palhano, que tem como título FRONTEIRAS ENTRE O PALCO E A TELA - TEATRO NA PARAÍBA - 1900/1916, tem um capítulo especial dedicado ao "Theatro Municipal de Piancó", e fala sobre " O Mentor e o Teatro":

Descendente de uma família economicamente dominante nas terras do Piancó, em 1868, Tiburtino Leite Ferreira já era Comandante Superior da Guarda Nacional de Piancó.

Em janeiro de 1871 foi nomeado Comandante Superior do 20º Batalhão da Guarda Nacional de Piancó. Em 1892 assume a Presidência do Conselho Municipal de Piancó, o Coronel Tiburtino Leite Ferreira, que passou a governar o município até o ano de 1900.

Durante esse período de proximadamente 8 anos consecutivos, assumiu os cargos de Presidente do Conselho, 1892; Prefeito, 1895 a 1897; Subprefeito, 1898, e prefeito de 1899 a 1900.

Por incrível ue pareça, ao assumir a Presidência do Conselho Municipal, em 1892, mandou construir a Casa do Conselho e um pequeno Teatro. Esses atos se concretizaram já em 1893, com a inauração do Conselho e do Teatro Municipal, quando exercia o referido cargo.

Com a criação das Prefeituras Municipais em 1895, por força da Lei nº 27, de 2 de março, consquentemente foi empossado e manteve-se no poder, tornando-se o primeiro Prefeito de Piancó.

Em Busca de um Tesouro: Teatro Municipal de Piancó

Estudando o teatro no século XIX na Paraíba, me deparei com a informação da existência de um peqeno teatro na cidade sertaneja de Piancó. Inicialmente tal idéia nos pareceu algo remto, mas com as análises, os estudos e com o passar do tempo, fui percebendo a real possibilidade da existência de um teatro naquele lugar. De elo perdido a pepitas descobertas, hoje temos a plena certeza de que o referido teatro realmente existiu naquela cidade do sertão da Paraíba.

Na literatura corrente a confirmação da existência do "Theatro Municipal de Piancó", é evidente em jornais da época, como também em algumas obras publicadas na Paraíba e no Brasil.

A referência mais antiga que se tem desse teatro, encontra-se no "Jornal A União de 11 de setembro de 1913. Naquele ano, no governo de João Pereira de Castro Pinto, foi solicitao a todos os municípios da Paraíba a relação dos bens públicos, pertencentes a cada cidade da Provínca. Neste caso, o jornal A União passa a publicar a partir do dia 10 de agosto de 1913, nº 174, o Cadastro de Bens Municipais, onde todas as prefeituras teriam por obrigação relacionar os bens públicos móveis e imóveis pertencentes à sua jurisdição.

A Prefeitura Municipl de Piancó encaminha seu documento assinado pelo então prefeito Francisco de Paula e Silva, onde havia na relação, o Theatro Municipal como bem da cidade, avaliado em 1.500$000 (Hum mil e quinhentos réis), como podemos observar no Jornal A União - Anno XXI, número 200, página 3, Parahyba, de 11 de setembro de 1923.